GERAL

"Pavão" pede concordata em Ourinhos

Publicado em: 02 de março de 2002 às 16:44
Atualizado em: 30 de março de 2021 às 15:45

O Supermercado Pavão entrou com pedido de concordata preventiva na Justiça de Ourinhos. Até sexta-feira a ação não havia sido deferida, pois faltavam vários documentos para comprovar a situação financeira da empresa ourinhense.

O Ministério Público ainda não se manifestou. Só depois do parecer do promotor, a Justiça deve se pronunciar se aceita ou rejeita o pedido.

A concordata preventiva visa dar fôlego de dois anos ao supermercado para pagar suas dívidas. Os credores se habilitariam no decorrer do processo, mas o prazo para pagar os débitos é de 24 meses. Nesse período, no entanto, o supermercado não pode contrair novas dívidas. Se não sair da concordata, há risco de ter a falência decretada.

O grupo Pavão alega estar passando por dificuldades financeiras por causa dos altos juros cobrados pelo mercado financeiro. Na ação é citado o sistema de pagamento mediante cheques pré-datados — com prazo de até 60 dias — que tornou-se uso e costume no comércio, mas descapitaliza a empresa.

Os cheques redescontados em instituições financeiras a juros de mercado em percentuais muito altos, o que acarretam às empresas encargos superiores a 3,96%. Na ação em tramitação na 2ª Vara consta que a margem de rentabilidade no setor é muito pequena.

Outro fator que agravou a situação financeira da empresa foi o aumento da inadimplência de cheques sem fundos. Esse endividamento impôs encargos financeiros a juros altos pagos a bancos. O pedido de concordata, segundo a empresa, é para evitar o desemprego de pelo menos 400 trabalhadores.

O presidente do Sindicato dos Comerciários, Aparecido Jesus Bruzarosco, recebeu com surpresa o pedido de concordata do Pavão. “É uma empresa bem organizada que vem cumprindo com os deveres trabalhistas. A concordata assusta porque pode provocar desemprego no setor”, afirmou. O gerente do Pavão não foi encontrado pela reportagem para comentar a ação.

Em Ourinhos, nos três últimos anos fecharam dois supermercados de médio porte, fora alguns pequenos. A cidade é pólo comercial regional concentrando várias redes de supermercados. A rede Moreira vendeu em 1999 a filial da avenida Saldanha Rodrigues para o Bandeirante, ligado ao grupo J. Veríssimo, que fechou um ano depois devido a crise financeira da empresa. No ano passado, o prédio foi alugado ao Sé Supermercado, que assumiu o ponto. Outro estabelecimento que cessou as atividades foi o Supermercado Zito, no Jardim Itamaraty. No auge das atividades, esse estabelecimento locava ônibus para buscar clientes em Santa Cruz do Rio Pardo e região, dava prazo aos clientes de mais de um mês na compra com cheque pré-datado e tinha uma política de preço baixo. O estabelecimento fechou as portas em setembro, a Justiça arrestou os bens e julga várias ações trabalhistas, segundo Bruzarosco.
SANTA CRUZ DO RIO PARDO

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