Publicado em: 02 de março de 2021 às 23:21
Atualizado em: 03 de março de 2021 às 17:22
No consultório médico, mascarado e aguardando minha vez, um amontoado de revistas me desperta a atenção. Apanho algumas, folheio e me divirto admirando coisas mais técnicas como diagramação, fontes e tamanhos de letra.
Como as duas primeiras não me cativaram, voltei ao celular – não deveria, é claro, mas quem não é seduzido pelo ostracismo das redes? Sem sinal de internet, queimei tempo no xadrez. Desisti quando vi que a máquina previa todos os meus movimentos. Lá estava eu, novamente nas revistas.
Nenhuma era recente, algumas de 2016, mas isso não faz diferença para os veículos que publicam amenidades. Saquei uma da companhia Azul, que me impressionou pelas 140 páginas.
Ela é lida diariamente pelos tripulantes da empresa aérea e tinha periodicidade mensal. Não sei se ainda circula, já que as companhias entraram numa crise tremenda pela pandemia. Tomara que sim, já que mantém empregos de designers, jornalistas e publicitários, conforme mostra o expediente.
Excelente revista, conta até com propaganda de terceiros, como a Petrobras. Não é propriamente a companhia aérea que a edita - óbvio que há outro CNPJ -, mas é a Azul a principal anunciante. Em dezembro de 2019, edição que estava ali em minhas mãos, 70 mil exemplares saíram das gráficas. Números que brilham os olhos.
Logo nas primeiras páginas uma carta ao leitor - ao estilo Veja, mas escrita pelo presidente da Azul. Ainda era dezembro, o vírus se limitava a Wuhan, na China, e o réveillon era o principal assunto nas conversas à boca pequena.
John Rodgerse, presidente da companhia e quem assina o texto, comemorou os resultados da Azul em 2019. Citou novas rotas que os aviões passaram a traçar, a renovação de frota da empresa. E ofertou aos leitores – geralmente clientes da companhia – uma série de passagens para 2020. “Teremos mais de 1000 voos por dia”, escreveu.
Os primeiros dias de janeiro certamente foram lucrativos para a empresa. Mas não é tolice dizer que seus diretores já viviam certa apreensão àquela altura. A Covid chegou à Europa em 24 de janeiro, se alastrou rapidamente e logo tomou o mundo todo.
Não tive acesso às edições seguintes, mas gostaria muito de ler as outras cartas ao leitor escritas por Rodgerse. A de dezembro de 2019, afinal, de nada adiantou.
Jornalista, fala sobre história, cultura e imprensa
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