A arte da filosofia ambiental

Na polissemia dos sentidos, conhecimentos e saberes, o remanescer da esperança aventureira voa livre no sopro da brisa que afaga a metamorfose filosófica do viver, num processo em que o indivíduo e o coletivo podem construir habilidades essenciais ao bem-estar comum. Desde sempre, nas longínquas épocas, tal qual nos tempos atuais, a natureza manifesta sua força incontrolável; não raro, traçando um risco de profunda amargura. Noutros tempos, de fartura e bonança.

 A sociedade capitalista neoliberal portadora do ideário de acúmulo de bens materiais, contextua-se ausente do vínculo inerente à filosofia refletida no cenário ambiental, sobretudo no conceito do desenvolvimento sustentável. Propostas de reflexões e debates surgem na sociedade acerca do tema, ressaltando métodos que possam salientar a construção do pensamento essencialmente ambientalista, aprendendo sobre caminhos de vivência sob a observância da preservação da própria espécie e do meio ambiente.

O estabelecimento da conexão humano natureza acrescenta a inserção de críticas aos valores sociais estruturados na era moderna, vivendo a utopia de um abrigo seguro na bolha soerguida no advento do capitalismo desmedido. O debate filosófico contemporâneo evolui numa escala modesta acerca das premissas socioambientais diante de uma sociedade imediatista.

Há muito que aprender na historicidade elementar e no entendimento da ampla perspectiva ética ambiental, convictos, todos os humanos, do benefício contido na sustentabilidade como condição de sobrevivência. A arte como atividade na filosofia do ambiente que vivemos, perspicaz no entusiasmo consciente e conscientizador do despertar para a causa, pode integrar presença, sobretudo, na missão das políticas públicas de educação e saúde, adequando atitudes ao discurso de elite transitória.

A prática do pensamento filosófico ambiental dispõe de um legado, pressuposto na ciência que conduz a humanidade ao convite de um passeio pela aventura do pensar, destacando a preservação como genuína fonte de vida coordenada por organismos finitos e frágeis.