Diva Fernandes

Ética na civilidade

Coluna de Diva Fernandes

Ética na civilidade

Publicado em: 16 de junho de 2023 às 00:36

O mundo é mundo a um tempo muito maior do que permite a humanidade enumerar ou denominar. A chamada pré-história revela seis milhões de anos desde o surgimento da espécie humana conforme a conhecemos, evoluindo em civilizações marcadas por períodos diversos e culminando na era moderna.

Esta característica transformadora permite o sistema organizacional dos grupos, porém, institui-se no paralelo as regras de servidão, gerando a famigerada influência do gênero submissão, onde indivíduos assumem a postura de superioridade perante o seu semelhante. Apresenta-se, no entanto, entre os indivíduos ou povos dominantes e dominados, absoluta igualdade da raça humana. O planeta terra oferece a todos, de forma semelhante, o direito ao uso do solo, da água, do ar, elementos de subsistência humana que gera vida, “vida em abundância” (João 10.10).

Na contagem do tempo recente, o calendário apontava o ano 1500 DC, e numa terra habitada por três milhões de nativos, onde reinava a harmonia entre humanos e natureza, aportaram navios carregados de europeus que deram a estas terras o nome de Brasil. Os invasores subjugaram os nativos com violência extrema, promovendo assassinatos em massa de tribos inteiras; tomando outros como escravos aos seus serviços; descaracterizando suas raízes culturais; invadindo para si as terras antes livres, usadas apenas para a sobrevivência.

Despojados do paradigma da ética que sustenta o equilíbrio e o bem-estar entre os indivíduos e entre os grupos, os invasores destituíram os povos nativos de sua dignidade natural, oprimindo e fatigando. Um missionário reflete na época “não são eles acaso humanos?” (Las Casas 1484-1566).

A utopia de uma civilização ideal permanece na busca da esperança de um mundo em que não haja a cultura da violência, em que a terra farta possa gerar alimentos para todas as mesas, em que a igualdade permita a dignidade da vida humana, sobretudo, neste momento, tratando-se na intrínseca, da vida dos povos indígenas originários destas terras do Brasil. O espírito utópico, inesgotável zelador da alma humana, possa adentrar este feito de uma realidade empenhada na semente do bem que oferece frutos de uma herança salvadora dos povos originários por direito e afeto nas terras do Brasil.

O agravamento do cenário atual mostra a crescente violência nos raríssimos e diminutos territórios ainda resistentes da presença de povos indígenas, onde, ainda, após cinco séculos de invasões, imperam as atrocidades na busca capitalista dos minérios naturais da terra, como por exemplo, o ouro.

As políticas inversas, deliberadas no desrespeito e no descumprimento do dever humano, antes que constitucional, permitem, covardemente, a intensificação dos crimes contra o meio ambiente e os povos habitantes originários, deturpando o estado democrático de direito e a ética na civilidade.


Diva Fernandes

Diva Fernandes

Escritora nascida em Espírito Santo do Turvo, é autora dos livros “Marcas do Chumbo – A História do Menino David” e “Ave Lux! Salve Luz! Vozes da História a Serviço da Fé"


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