Feliz 2023!

Por esses dias me peguei pensando na tal felicidade. A gente por vezes se esquece de refletir sobre isso, e pensa no estado de felicidade como algo extasiante, estereotipado e radiante. Mas definitivamente, “ser feliz” não é um momento, não é um fato, é uma forma de experimentar a vida.

Certa vez uma amiga me perguntou quantos por cento eu era feliz. Achei curioso, mas não soube pensar nessa resposta de forma rápida. É que para mim a felicidade não está nas grandiosidades, nas conquistas exageradas, no montando de dinheiro ganhado, na viagem para fora do país... A felicidade está na forma de viver, no conseguir estar em paz mesmo em meio a problemas, no colocar a cabeça no travesseiro e me sentir leve. Penso que mesmo com todas as atribulações da vida e com todos os desafios que surgem diariamente (sim, a vida não é mar calmo e navegável, a vida é mar bravo, daqueles que só marinheiro experiente encara), é feliz aquele que não se deixa abater e tão pouco perde a esperança ao ser pisoteado por problemas.

Numa outra conversa, com a mesma amiga, ela me disse que felicidade era “contentamento”. Acho que ela tinha razão (por isso gosto de pessoas inteligentes, que me instigam a pensar de forma diferente do que estamos acostumados). A palavra ‘contentamento” significa “Ato ou efeito de se contentar”, ou melhor, contentamento é a satisfação das nossas próprias exigências, é tornar-se contente e com isso ficar tranquilo, apaziguar e acalmar o coração.

Por vezes nos esquecemos de agradecer tudo aquilo que temos: família, teto, refeições, trabalho, convívio social. É comum ao ser humano sempre desejar algo além das suas conquistas, como um carro novo, um salário maior, um novo relacionamento, a cura de uma doença, dentre outros. São tantas insatisfações e descontentamentos, que não nos damos conta do quão agraciados somos.

E felicidade é isso, é contentar-se com tudo aquilo que nos foi dado, com a forma que foi dada e o tempo em que foi dado. Precisamos aprender a viver o hoje, a ser gratos pelo que nos tornamos e pelas pessoas que estão ao nosso redor.  Afinal, queridos leitores, como disse Frederick Keonig, “Tendemos a esquecer que a felicidade não vem como resultado de obter algo que não temos, mas sim de reconhecer e valorizar o que temos.” .

Feliz 2023!