Publicado em: 09 de janeiro de 2023 às 19:11
Que ano foi esse?! Intenso, angustiante e, paradoxalmente, renovador.
Tive uns dos piores meses da minha vida até maio, enfrentei a ansiedade, sintomas depressivos, perdi a esperança na vida, na profissão e em mim mesma. Foram meses tentando encontrar um sentido para tudo, uma explicação para o que eu não aceitava, um alívio para a dor que eu sentia. Com o passar do tempo, entendi que algumas coisas realmente não estão sob meu controle (foi difícil aceitar, já que sou extremamente controladora), restando apenas a resignação. Foi a partir daí que comecei a reencontrar a Ellen, aquela que estava perdida, que não tinha mais sonhos, que não tinha vontade de trabalhar, que achava que tudo era culpa do universo, que comia e bebia para tentar suprir a dor daquilo que não conseguiria controlar.
Sim, foi intenso e angustiante, como já escrevi. Mas segundo a frase inspirada pela 3ª Lei de Newton: tudo o que vai, volta.
Aos poucos, a partir de agosto, voltei. O reencontro comigo mesma não foi fácil. Aceitar todo o mal que me causei, tudo o que permiti foi doloroso, mas essencial para a renovação.
Aprendi muito. Aliás, continuo aprendendo. Mudei hábitos que estavam me prejudicando há anos. Olhei mais para mim. Respeitei-me. Reestabeleci prioridades. Aliás, entendi que eu devia ser a prioridade na minha vida.
Aprendi que mesmo não tendo controle de tudo, é possível ressignificar grandes dificuldades.
Aprendi que pessoas vem e vão, e que respeitar a si mesmo inclui fechar ciclos.
Aprendi que amizades verdadeiras nem sempre serão para a vida toda, e nem por isso deixam de ser verdadeiras.
Aprendi que sem dedicação e constância eu não conseguiria estabelecer uma vida saudável. Aliás, aprendi que os 10 kgs a mais não eram da medicação para ansiedade, e sim de uma fuga emocional gigantesca que eu teimava em não enfrentar.
Aprendi que alguns amigos são para a vida inteira, e que só com esses você poderá contar na hora do choro.
Tive ainda mais certeza que, apesar do trabalho, dos amigos, dos meus sonhos e de toda a força que há em mim, minha família sempre será minha base, minha maior alegria (também minha maior dor) e minha maior sustentação.
Espero que todos vocês possam ter tirado grandes lições desse ano que já foi embora. Lembrem-se que todo sofrimento nos fortalece, nos ensina, nos mostra a vida de uma outra maneira. Mas é a esperança que nos não nos permite paralisar.
Ellen Manfrim é médica neuropediatra em Santa Cruz do Rio Pardo
Previsão do tempo para: Quinta
Durante a primeira metade do dia Períodos nublados com aguaceiros e tempestades com tendência na segunda metade do dia para Períodos nublados com chuva fraca
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