Henrique Perazzi de Aquino

Gastança desenfreada no final do ano

Coluna de Henrique Perazzi de Aquino

Gastança desenfreada no final do ano

Publicado em: 27 de novembro de 2023 às 20:58

Chegando ao final de ano, algo surreal pode estar prestes a acontecer em cidades brasileiras, muitas de nossa região. Elas recebem durante o ano verbas para serem gastas e distribuídas conforme um estratégico planejamento. Como já é sabido, muitas não seguem à risca isto de traçar um sério planejamento, levando tudo na flauta e daí, muitas dessas, quando não se organizam, deixando de traçar planos com gastos controlados, se veem neste momento com algo inusitado: ou gastam tudo até o último dia útil do ano ou terão devolver o dinheiro recebido.

Como muitos não aceitam ver dinheiro em caixa. Estes não tendo tido competência para desenvolver algo sério para seu uso, acabam por dar um outro jeito, daqueles bem mequetréficos. Gastam tudo na bacia das almas, no apagar das luzes. Este dinheiro chega nos municípios para ser utilizado de forma séria e para resolver alguns dos problemas crônicos de nossas cidades, em várias áreas, dentre elas a de Saúde e, principalmente, da Educação.

O descalabro é ver como são dados jeitos para não devolver a grana. Se isso ocorre, em primeiro lugar, um belo atestado de incompetência. Como isso nem passa pela cabeça de muitos de nossos administradores, surgem ideias mirabolantes. Tem quem compre até edificações inservíveis, pagando tudo à vista, em preços hiper-faturados, tudo para não ter que devolver. Depois, é claro, vem a outra etapa, a do malabarismo com notas fiscais e comprovantes meio mandrakes, tudo tentando tapar o sol com a peneira.

Histórias ocorridas em anos anteriores correm de boca em boca, uma mais escabrosa que outra e em todas, citando o nome de seus autores, os tais administradores públicos, que de salutares não possuem nada. Isso é o fim da picada. Tratar desta forma o dinheiro público é sempre merecedor de intensa perícia e investigação, primeiro pelos vereadores de cada cidade, pois estes são pagos para, sua primeira missão e função, fiscalizar o Executivo.

Em algumas cidades, quando isso não ocorre, resta o Judiciário, mais precisamente o Ministério Público, gerando muitas vezes verdadeiros casos de polícia.

O trato com o dinheiro público é coisa mais do que séria, mas nem todo administrador o faz, pois quando diante do montante ali diante dos olhos e das mãos, cresce a cobiça e daí por diante, preferem correr todos os riscos do que atuar “dentro das quatro linhas”. Conheço algumas dessas histórias e só não as revelo aqui, primeiro porque algumas delas estão já sendo investigadas e correm sobre segredo de Justiça, outras já entraram no index depreciativo, com alguns administradores caindo num total descrédito, merecedores de penalização severa. Vale muito o acompanhamento da população de cada cidade, impedindo prováveis abusos e uso indevido de dinheiro público.


Henrique Perazzi de Aquino

Henrique Perazzi de Aquino

Henrique Perazzi de Aquino é jornalista, professor de História e mantém o blog Mafuá do HPA (www.mafuadohpa.blogspot.com)


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