Publicado em: 28 de outubro de 2023 às 17:25
Que a lição advinda da vizinha e querida Argentina sirva para todos nós. A ultradireita, representando todos os retrocessos possíveis – e mais um pouco -, quando com alguma projeção, se acham os donos da batata quente, daí, colocando as manguinhas de fora, se arvoram de barbaridades mil, mas lá na frente, no frigir dos ovos, o povo não se mostra assim tão besta e lhes dá o devido troco. O troco foi devidamente dado na eleição argentina, ocorrida no último domingo, 22/10, quando Javier Milei, alguém muito pior que o nosso miliciano Jair Bolsonaro, privatizador até da própria mãe - se isso fosse possível -, já se dizendo eleito, mas levando uma tunda nos costados.
Ver a ultradireita ser vergada, enfim, não existe preço. Por tudo o que representam, com a destruição de tudo à sua volta, só pensando na benesses dos mais favorecidos, isso por si só, já seria algo magistral, mas tem mais. A percepção, numa eleição dita como vencida como a argentina, observar, mesmo daqui à distância é pra ir entendendo de como não se é possível enganar o povo o tempo todo. Com nosso Jair ocorreu o mesmo, tiveram seu momento, mas hoje, mais incriminados que nunca, pelas barbaridades cometidas e já comprovadas, estão todos cuidando de se defender na Justiça. Não são fores que se cheiram e muitos já se deram conta disto.
Tive o cuidado de acompanhar todo o desenrolar da eleição argentina, tanto por nossa mídia massiva, principalmente a Globo News, depois o diário argentino Página 12 e uma rádio local, a 750 AM, das poucas a lutar desabridamente contra o avanço dos pérfidos como Milei, algo ainda não possível no Brasil, pois não temos mais rádios libertárias, muito menos o que ainda resta de grande imprensa, todos entrelaçados com os Donos do Poder. Portanto, ao acompanhar a eleição, uma delícia verificar como a Globo News teve que engolir em seco o que divulgava até a abertura das urnas, a vitória do ultradireitista no primeiro turno. O fracasso deles representa o triste papel dos meios de comunicação deste continental país.
Escrevo da eleição argentina pensando na nossa situação, a de como se deu nossas últimas eleições e de como, principalmente o interior paulista foi iludido e confirmou seu fanatismo conservador. Deixamos de eleger um professor como Haddad para o governo paulista, elegendo um forasteiro sem nenhum compromisso com São Paulo. Tudo por birra, ódio. Tomara tudo tenha sido algo passageiro e os tantos que votaram em Tarcísio, possam refletir e repensar o que fizeram com São Paulo. Essa onda privatista, agora querendo privatizar ou mesmo fazer concessões com duração de muitas décadas, na questão da água é o caos estabelecido. Certeza que tudo subirá muito de preço e a qualidade do serviço estará piorada. Trata-se de burrice insistir em administradores como Milei, Tarcísio e seu Jair.
Não têm mais como pegar leve, ou passar o pano para estes. Acompanho a votação de muitas de nossas Câmaras de Vereadores, daqui de Bauru e daí de Santa Cruz e é impossível não dizer do quanto regredimos, pois hoje, não adianta mais ter argumentos consistentes sobre algo degradante para o município, se a maioria dos que decidem estão convencidos do contrário. Não aceitam nem mais dialogar, pois a igreja assim decidiu, seu partido impõe o voto de uma forma, daí cabe a estes somente ir lá e votar como manada, encaminhando todos nós para o matadouro. Porém, seu Jair perdeu e algo já ocorre de rejuvenescedor nos intestinos do Brasil, assim como o voto contra Milei na Argentina. A direitona não quer nada de defesa dos interesses populares, aliás só lhes crava, cada vez mais, uma estaca nos costados. Lindo ver o povo perceber isso e votar contra estes.
Henrique Perazzi de Aquino é jornalista, professor de História e mantém o blog Mafuá do HPA (www.mafuadohpa.blogspot.com)
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