Apressado perde o Samu

Há alguns dias, o prefeito de Ourinhos, Lucas Pocay (PSD), tomou uma decisão esquisita. A Prefeitura de Ourinhos tentou “tomar” o SAMU (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) da UMMES (União dos Municípios da Média Sorocabana), um consórcio público que representa diversos municípios da microrregião, dentre eles, Santa Cruz do Rio Pardo.

Em um espetáculo deprimente, a equipe governamental de Ourinhos simplesmente se apossou do imóvel cedido legalmente pela própria Prefeitura à agremiação regional e de tudo que lá estava.

A UMMES ingressou na Justiça e acusou Ourinhos de ter tentado “assumir na marra a gestão do SAMU REGIONAL”, e classificou como “arbitrária” tal atitude.

O Judiciário respondeu rapidamente. A juíza da 2ª Vara Cível de Ourinhos, Alessandra Mendes Spalding afirmou que “a assunção dos serviços pelo Município de Ourinhos foi feita de forma unilateral e apressada” e deferiu a antecipação de tutela para “suspender a assunção da gestão administrativa, operacional e de recursos humanos do SAMU pelo Município de Ourinhos/SP”.

Depois da concessão da “liminar”, o prefeito de Ourinhos apareceu em entrevista com o tradicional sorriso amarelo de quem perdeu a razão, mas finge que não. Como todo bom político, demonstrou aquela simpatia forçada, mas, no fundo, ficou aquele sentimento amargo de derrota, que poderia ter sido evitada com um pouco mais de reflexão sobre o assunto. Faltou aquele assessor de “VDM” (pedimos perdão para não decifrar o acrônimo em respeito aos 3 leitores desta coluna).

Aliás, por que virar as costas para todos os seus colegas prefeitos e agir do jeito que fez? Não faz sentido, ainda mais se houver reais pretensões de Pocay em receber apoio regional a uma eventual candidatura para deputado.

Quem vai confiar em um político (cuja categoria já está bem chamuscada) que fez o que fez?

Pois é, o apressado come cru. E perde o SAMU.

Tirano

Este colunista lembra que a Itália possui uma simpática cidade, próxima à Suíça, de nome Tirano. Fica a dica para autoridades políticas acostumadas aos autoritarismos e coronelismos.

Escravo

O homem é escravo da guerra.

Paz

Este colunista é, acima de tudo, um pacifista. Guerra, “apenas”, de palavras (e sem ofensas). Por que tudo isso?