Publicado em: 14 de setembro de 2023 às 22:48
“Brasil! Mostra a tua cara/Pra gente ficar assim!”
Com estes versos Cazuza, menino nascido em 1986, já chorava com isto, toda a sorte do destino brasileiro, que arriando o pendão da esperança, perde aos poucos em ser o símbolo augusto da paz.
Desde a Nova República, não, não, desde muito antes, esta pátria de palmeiras em que canta o sabiá, vai se degenerando institucionalmente, vez ou outra explodindo em delírios, de uma massa popular, que marcha desenfreadamente sem saber para onde ou para que. Como um povo perdido no deserto, sem a presença de um Moisés, tudo desconexamente e sem dar causa a um novo e esperado país.
Já com os anões do orçamento em que parlamentares faziam festa com o orçamento a aprovar (o que mudou?), passando pelo mensalão, pelo petrolão e o defenestrar das grandes empreiteiras de obras públicas, sempre e sempre envolvidas em rateios de verbas de obras, com agentes públicos, modelo que foi exportado para toda a América Latina, sem o menor constrangimento das grandes obreiras, o Brasil manca e incha, aumentando a massa, mas sem que muitos participem do bolo.
Culpar Bolsonaro? Exclusivamente seria injustiça a ver que mesmo o Diabo merece defesa, quando estiver certo. Lula? Não é uma boa história de moralidade. Mas não foi ele que começou. Houve mais governadores de Estado atrás das grades de que grandes chefes do tráfico encarcerados. Buscar biografia dos que roubam mas fazem, não é difícil na história recente do país.
A moral social (sim, ela existe, ainda que seja imoral), abona tudo isto e as massas como mulher de malandro, parecem gostar de apanhar. A cada pleito a cada eleição nem há candidatos nem povo. Tudo se resume a uma roleta de preferências cínicas, voto neste porque rouba menos que o outro, por razões de simpatia e até que a banca quebre inevitavelmente.
Quando? Quem sabe? Ninguém! O povo? Quem é esta horda que anda pelas ruas? Como na Idade Média alemã, por alguma magia desconhecida, ela vai sendo conduzida para um precipício, levado por bons e maus flautistas, que nos atraem para destruição.
A concupiscência – palavra feia, que vinda do hebraico, indica a gana das tropas dos faraós a destruir os hebreus no deserto e que é usado hoje como ambição ou sexualidade desmedida – é o que marca nossos dias, em que confusão entre o certo e o errado nos desorienta a todos.
Seria o Apocalipse? Não sei! Do Apocalipse salvam-se alguns. Aqui está difícil!
Do Cid à decisão do Min. Toffoli não é fácil compreender. Não conheço o processo em que se diz ser Lula o mais relevante erro da história judiciária brasileira. Bem! Se esta estatística dos erros judiciários, fosse feita em nossos presídios, para saber o menor ou maior erro judiciário do Brasil, Lula jamais poderia ser visto assim.
São muito os outros que se consomem no fedor do cárcere. Lula teve prisão privilegiada e bicicletas ergométricas a se movimentar. Visitas masculinas e femininas. Defesa! De início não vingou. Depois, sim, a se ver que houve excesso da Lava Jato em face dele. Mas anular provas nunca tidas irregulares à época, pode não ser prudente. Então, se os loucos encontrarem outros loucos a desembestarem-se pelas ruas, quem paga? O Brasil, como na música de Cazuza! Tomara esteja errado, tomara!
Santa-cruzense, Sampaio Gouveia é advogado graduado pelas Arcadas e especialista em Finanças e Contabilidade (pela EAESP/FGV) e em Direito Penal Econômico (pela GVLAW/FGV), mestre em Direito Público (Constitucional) pela PUC-SP, Conselheiro e Orador oficial do IASP, membro do Consea/Conjur/Fiesp, procurador-jurídico da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, entidade em que é irmão Mesário e remido, conselheiro da Fundação Arnaldo Vieira de Carvalho, mantenedora da Faculdade de Medicina da Faculdade de Misericórdia de São Paulo. É membro do Instituto Brasileiro de Recuperação de Empresas em Crise. Foi conselheiro-seccional da OAB-SP e da ASP. CEO Sampaio Gouveia Associados
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