O Brasil e a Rita Lee

Velha piada falava que Cristo foi interpelado no Céu, por um justo. Por que um país com tanta fartura como o Brasil e não outro? O Criador respondeu, sim, é o país do leite e do mel, que meu apóstolo, Dom Bosco, vira. Mas em compensação você verá o povinho que eu pus lá, como se o povo brasileiro não desse no coro, em ter uma país, tão rico e não saber usá-lo. Pode ser? Sim!

Hoje o petróleo e não o agronegócio é a pauta principal da exportação, em nossa balança comercial. Com o presal, seremos o quinto país produtor desse ouro negro, no mundo, em 2030, ainda dispondo de energia limpa, hidrelétrica, solar e eólica em abundância extremada.

Isto sem falar na Margem Equatorial, que é uma das maiores reservas de petróleo do planeta, do Nordeste brasileiro, até o lençol petrolífero das Guianas, ainda que não se explore no estuário do rio Amazonas, o que espero não aconteça.

Apesar do petróleo ser uma energia fóssil e poluente, por consequência, ele ainda tem e terá muita importância na economia mundial porquanto serve não apenas para transporte de veículos, mas também para inúmeras outras utilidades industriais e depois da guerra da Ucrânia recuperou a marginalização energética, a que estava renegado, por nós, defensores da sustentabilidade do nosso planeta.

Diziam que o Brasil não tinha petróleo, mas a Petrobras dos brasileiros provamos o contrário.

A Amazônia é única área do planeta a ser, agora, explorada. Em termos minerais, é o Eldorado, a cidade dourada que nossos bandeirantes sempre buscaram. O Brasil já foi a sexta potência econômica do mundo, apenas com 40% de seu território explorado. A economia verde dos Estados Amazônicos brasileiros é uma nova Califórnia. Vamos ganhar dinheiro vendendo ar para o Mundo. Sim, ar! Créditos de carbono que produzimos para os países que não os têm. Inclusive e principalmente a República Popular da China e os Estados Unidos e a União Europeia, um mercado, assim, gigantesco dos quais seremos o principal fornecedor se tivermos consciência e responsabilidade.

Vencemos a primeira crise do petróleo com o Proálcool; as nossas limitações agrícolas, com a EMBRAPA. Se quisermos e não nos atrapalhar a doença do politicamente correto, somos um só povo, de várias origens, falando uma língua somente, convivendo no espaço territorial, sem ameaças externas. A Federação Russa é um mundo de divergências ainda. Na China, falam-se cem línguas diferentes. Em Pequim, por exemplo, o mandarim; em Hong Kong, o cantonês. A índia, agora, o país mais populoso do mundo, nem sei quantas civilizações e povos distintos nela há. Temos um dever primordial: fazer justiça social, contudo.

Estender a cidadania e a cultura a todos os brasileiros indistintamente.

Rita Lee foi um trovão. Fez do sexo amor e poesia. Musicou a libido e fora o retrato do Brasil, que cantava, em ritmo roqueiro, que estava no sangue dos americanos de quem ela descende e que depois da Guerra da Secessão, vieram para o Brasil e fundaram Americana. O Brasil dos imigrantes que somos todos, índios, negros, europeus e asiáticos, apenas com a diferença de que alguns de nós chegamos antes que os outros.

A menininha pequena do Colégio Pasteur, em São Paulo, a ruivinha, que se fez fada de nossos sonhos, em um ritmo contagiante. Há quem a diga religiosa. Orava! Rita Lee, a explosão de um sonho. O amor na minha geração, um amor real e verdadeiro, diferençado de um platonismo piegas.

Rita! Nós a amamos! Você é muito deste Brasil, perdido entre Lula e Janja, Michele e Bolsonaro. Não, não seriamos o povinho que Deus aqui nos pôs, a castigar uma gente que não quererá ser maior que sua terra de prosperidade. Vamos provar e fazer!

Espero que, ao estender a cultura a todos os brasileiros, isto também atinja os nossos futuros presidentes, que não podem sair pelo mundo a propagar absurdos, demonstrando a ignorância, que não nos permite ser tratados como realmente somos, uma grande Nação com expressão a ter uma mensagem de paz e muito amor para o mundo todo. Nosso soft power! Nada mais!