Publicado em: 30 de agosto de 2023 às 16:43
Não, nem pensem! Não é o muro de Berlim em que cada martelada de arribação da Liberdade se fazia ao som de Richard Wagner e em que, ao mesmo em que anunciavam falsamente um mundo novo, os acordes dessa melodia sublime do gênero humano, também foram lenitivos para o nazismo matar judeus. Como os turcos que também exterminaram armênios e os espanhóis que passaram a fio da espada, os grandes impérios indígenas das Américas. Toda a barbárie do mundo sempre matou em multidões, sem distinguir entre velhos, jovens, doentes, sãos, adultos e crianças. Mas não é somente pelo mundo. Vejam a tomada de Assunção, na antiga Guerra do Paraguai, em que crianças e mulheres eram os soldados do ditador, que todos foram passados por armas branca ou canhonadas pelos exércitos vencedores.
De repente, o Brasil quer esconder catástrofe semelhante e Sua Excelência, o governador do Rio de Janeiro - cuja capital a natureza a fez maravilhosa, mas os humanos a cada tiro de fuzil do crime organizado ou de seus comparsas do crime desorganizado e mesmo de outros bandidos ditos de lei, desfazem-na diariamente - quer construir um muro para esconder e diz, proteger, os que, agora, vão se dirigindo ao aeroporto do Galeão, nos arrabaldes do Grande Rio de Janeiro, pela autovia, que se chama Linha Vermelha. Para que não se firam ou pereçam nos tiroteios que superam os limites das favelas e nem vejam a miséria que campeia solta pelo Brasil.
Mas não basta! A linguagem se prostitui, com todos, todas e todes. Um verdadeiro absurdo! Como a síntese é expressão da inteligência, daqui a pouco, não poderei escrever ser humano, para abranger todos os gêneros, que são múltiplos. Terei de escrever ser humano para os barbudos que se qualificam masculinos e nem mais praticam a masculinidade e sera humana, para as que ainda militem no leito, com os mesmos favores que as cleópatras concederam aos césares que já não eram tão césares e já foram os homens de todas as mulheres e as mulheres de todos os homens.
Estamos malucos decididamente. Lula, ambicioso abaixo do Equador – o cara do blábláblá no BRICS, em que a China e a Índia já chegaram à Lua e o Brasil nem mesmo tem os pés na Terra - quer fazer a paz, no mundo, juntar peças incompatíveis da Ucrânia e da Federação Russa. Fazendo que não sabe suspeitam de dirigentes matar todos os seus adversários, com bom ou péssimo veneno, suicida seus generais e milionários do alto de seus hotéis luxuosos, como faz cair o avião do Prigozhin, o cara dos exércitos mercenários, que se ofereceu a Maduro, para badernar a América do Sul. Mensageiros que se fossem da paz, seriam da paz soturna da morte.
Bolsonaro quer solicitar ao Estado a devolução dos bens de que se apropriara sem razão, não bastasse ter prostituído o Brasil, embora por aqui as prostitutas sempre tenham sido quase que as mães de nós todos.
Mas tudo é possível mesmo em um país, em que um representante do povo chama de honesto, um homenageado com o de honesto, fazendo-nos esquecer do h, como letra inicial dos honestos que não existem mais entre os múltiplos delírios para a Humanidade. Como a chuva copiosa que recentemente caiu no Arizona devastadoramente, no meio do deserto. Em que os que poluem o Amazonas, da Colômbia para baixo, têm o cinismo em criticar os que assumem o risco de polui-lo de Belém para cima, com o óleo negro do petróleo, que estimula a corrupção e alimenta as piores tiranias.
Há quem aplauda tudo isto e todos mesmo estamos loucos. Espero, entretanto e sinceramente que o único louco nisto tudo, seja eu e que tudo dê certo para o Brasil.
Mas estudo que estudo a dita reforma tributária e me vejo perdido em um cipoal tão maluco, que um amigo falecido, por ser tão grande, chamaria por aranzel, como enrascados são todos os fios desta estória.
Bem! Então, o arcabouço do Haddad? Um projeto de contabilidade criativa e alternativa, como o que já depôs a Dilma, que queria crescer gastando, como se o dinheiro não exigisse poupar e desse mesmo às pencas milagrosamente em pés de laranjeiras. Esperando zerar por milagre o défice público em 2025. Como se você pudesse reformar a sua casa, com o dinheiro dos outros. Tudo que pode acabar com a pobreza no Brasil, multiplicando os pobres. Dizem que quem viver, verá a bonança. Contudo eu espero viver, para ver que estou errado. Mas nessa bagunça toda em que a Cracolândia é o hospício a céu aberto, é possível que os loucos sejamos nós que pensamos que os loucos são os outros.
Santa-cruzense, Sampaio Gouveia é advogado graduado pelas Arcadas e especialista em Finanças e Contabilidade (pela EAESP/FGV) e em Direito Penal Econômico (pela GVLAW/FGV), mestre em Direito Público (Constitucional) pela PUC-SP, Conselheiro e Orador oficial do IASP, membro do Consea/Conjur/Fiesp, procurador-jurídico da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, entidade em que é irmão Mesário e remido, conselheiro da Fundação Arnaldo Vieira de Carvalho, mantenedora da Faculdade de Medicina da Faculdade de Misericórdia de São Paulo. É membro do Instituto Brasileiro de Recuperação de Empresas em Crise. Foi conselheiro-seccional da OAB-SP e da ASP. CEO Sampaio Gouveia Associados
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