Pascoalino S. Azords

Por que temos que ser cruéis?

Coluna de Pascoalino S. Azords

Por que temos que ser cruéis?

Publicado em: 26 de dezembro de 2022 às 20:29

Diante do que os nazistas fizeram aos judeus na 2ª Guerra Mundial, parte da humanidade passou a suspeitar que Deus estivesse morto. A outra parte, majoritária e mais condescendente, prefere acreditar que Deus apenas tirou um cochilo enquanto durou o holocausto. O Papa Pio XII, por exemplo, herdeiro da cadeira do apóstolo Pedro, tirou um cochilo de sete anos enquanto durou a Grande Guerra.

Para a minoria desacreditada, os campos de concentração e os fornos onde foram mortos milhões de homens, mulheres e crianças (todos rendidos), não combinavam com a ideia de um Deus que tudo sabe o tempo todo. Em outras palavras, não combinavam com a ideia de uma força sobrenatural que não poderia ter faltado aos inocentes, nem cochilado em serviço.

Se a vida às vezes se parece com uma partida de xadrez; para o ateu, Deus é uma peça sem função no tabuleiro. Não anda para a frente e para trás, como o rei; não anda na diagonal como o traiçoeiro bispo, nem salta em L com o cavalo. Para os condescendentes, talvez Deus esteja hibernando encantoado na casa da torre para voltar com a carga toda, com a mesma fúria com que tentou nos liquidar (sem sucesso) no dilúvio bíblico.

Mas, e esse despertador que não toca?

O brasileiro há tempos vem desmoralizando os contemporâneos de Noé que, segundo a Bíblia, justificaram a ira divina que nos mandou por água abaixo. Hoje, os nefilins não passariam de trombadinhas diante da nossa gigantesca estupidez. Sabe a última do brasileiro? Simplesmente não tem última — a gente se supera todo dia! Sabe o livro que mais vende no Brasil? Mein Kampf, traduzido para o português, evidentemente. E sabe o que o brasileiro está aprendendo com Adolf Hitler? Que “temos que ser cruéis. Temos que recuperar a consciência tranquila para sermos cruéis”.

Na semana passada, assistimos ao desfile de cachorros loucos comemorando a morte do neto do presidente Lula. Um cachorro louco comemora como pode, ou como sabe. Faz piada, tripudia, zomba da dor do avô que sepulta um inocente de 7 anos de idade. O cachorro louco tenta fazer uma ginástica mental para justificar a baba insana que lhe escorre da boca, mas, quanto mais se exercita, mais enxergamos o rabo do diabo. O rabo e o resto.

Pois é! E o despertador não toca!


Pascoalino S. Azords

Pascoalino S. Azords

Cronista, mantém coluna no DEBATE desde 1977


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