O empresário Felisberto Ferrari ao lado da esposa Regina e dos filhos Luís Pedro e Layane
Publicado em: 15 de maio de 2021 às 01:50
Felisberto Ferrari Neto sentiu que tinha febre no final de junho do ano passado. Também percebeu que havia perdido o paladar. Como eram sintomas típicos da Covid-19, resolveu ir ao hospital. Passou por uma tomografia e constatou: 25% de seu pulmão estava comprometido. Foi internado e, naquela mesma semana, chegou o diagnóstico: estava mesmo contaminado.
Na época, a doença ainda não era tão conhecida, variantes não haviam surgido e Santa Cruz do Rio Pardo tinha apenas três mortes causadas pela doença.
“Isso me aliviava”, diz. Mas a situação logo piorou, e Felisberto — tradicional empresário da cidade, proprietário do restaurante Água Benta e do buffet Holy Water — foi para a UTI.
Foram 57 dias de internação. Intubado, não tinha consciência do que poderia acontecer. Mas admitiu à Coluna: temeu a morte. A Covid, passado algum tempo, já não mais o infectava — o problema eram as graves sequelas que a doença havia deixado em seu corpo.
“O dia mais difícil foi quando saí da sedação e pedi para as enfermeiras desamarrarem meus braços e pernas”, lembra. Na verdade, eles não estavam presos a lugar algum — o empresário tinha, na verdade, perdido os movimentos dos membros. “Foi terrível descobrir isto”.
Mas manteve as esperanças, já que o pior havia passado, e saiu do hospital sob os aplausos de médicos e enfermeiros. Um vídeo de comemoração também foi publicado nas redes sociais. Era raro, afinal, alguém lutar tantos dias contra a doença. Na época, as mortes e os intubados não eram tratados como meros números.
“Fui amparado por pessoas maravilhosas, a quem só tenho a agradecer”, diz. E se o dia em que não conseguiu se movimentar foi o mais difícil, o cenário foi mudando aos poucos com muita fisioterapia e tratamento. “A recuperação foi rápida”, lembra.
Ele se lembra com carinho, inclusive, da irmã deste colunista, a fisioterapeuta Manoela de Ribeiro Andrade, que o ajudou a retomar os movimentos. “Foi uma luz que resplandecia no final do túnel”, conta.
Hoje, contente com a vida como ninguém, já voltou a trabalhar e vai diariamente ao restaurante. Torce e reza, porém, para que tudo volte ao normal. “Isso vai passar, os eventos vão voltar. Vamos todos fazer o que gostamos”, afirma, esperançoso.
O empresário também tem conselhos àqueles que recebem diagnóstico da doença. “Mantenha a calma mesmo que seja difícil. Se entregue aos profissionais excelentes que temos em nossa cidade. E se apegue à família e a Deus”. Para ele, a pandemia uniu em muito o povo santa-cruzense — e essa solidariedade deve persistir depois da pandemia.
Netto é colunista social do DEBATE
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