ESPORTE

Estádio interditado complica Santacruzense

Dona do espaço, prefeitura culpa engenheiro credenciado pela FPF, que pediu para jogar areia no gramado

Estádio interditado complica Santacruzense

Com estádio interditado, Santacruzense mandará seus jogos fora

Publicado em: 10 de maio de 2023 às 17:48

Da Reportagem Local

O estádio municipal “Leônidas Camarinha” foi interditado pela Federação Paulista de Futebol na semana passada. O motivo seria a péssima situação do gramado, mas a secretaria de Esportes alega que a administração cumpriu a sugestão feita pelo engenheiro credenciado pela FPF, que era de jogar areia junto ao gramado. Em seguida, o mesmo engenheiro deu parecer desfavorável e o estádio foi interditado para os jogos da Segunda Divisão.

Com isso, o jogo entre Santacruzense e Penapolense, que estava marcado para este sábado, foi transferido para a próxima terça-feira, 9, no estádio “Tonicão”, em Assis.

A interdição complica a situação da Esportiva Santacruzense, que está na penúltima posição em seu grupo no campeonato paulista da Segunda Divisão.

O time empatou em  casa com o Tanabi na estreia do campeonato, mas depois perdeu em Tupã para o time da casa por 3x0.

O prefeito Diego Singolani (PSD) lamentou a decisão da Federação Paulista e disse que o município vem procurando cumprir todas as exigências feitas pelo órgão que controla o futebol em São Paulo.

“Mas eles têm alguns pedidos absurdos dentro do cenário público. Desta vez, pediram também a instalação de um placar eletrônico. Como é que vamos providenciar isto em uma semana?”, criticou.

Sobre o gramado, o prefeito contou que um engenheiro agrônomo credenciado pela FPF visitou o estádio e verificou que as condições do gramado não eram das melhores. Ele, então, orientou o secretário de Esportes, Adriano Campanha, a colocar areia num dos pontos do campo. Seria uma alternativa à troca total do gramado, o que inviabilizaria os jogos da Esportiva no campeonato paulista.

 “Tudo isto foi feito de acordo com a orientação do próprio engenheiro. Na quarta-feira, este mesmo engenheiro resolveu interditar o estádio por causa do campo. Isto nos incomodou”, disse o prefeito Diego.

“Algo não está cheirando bem neste caso”, disse, afirmando que não está fazendo nenhuma acusação. “Mas é preciso saber o que realmente está acontecendo”, disse.

O prefeito disse que a administração tem planos para o estádio “Leônidas Camarinha”, mas ainda “não é a hora” de anunciá-los. O problema é que qualquer projeto não pode beneficiar diretamente a Esportiva Santacruzense por causa de uma condenação judicial que impede o clube de firmar qualquer tipo de contrato com o Poder Público.

O caso ficou conhecido como “escândalo da linguiça” e envolveu repasses ilegais de dinheiro público no governo de Adilson Mira, em meados dos anos 2000.

O ex-prefeito Mira e o ex-secretário Pedro Lombardi foram responsabilizados e condenados pela Justiça em todas as instâncias. O processo chegou até a Brasília, mas a pena foi mantida.

O maior prejuízo ficou com a Santacruzense, condenada a devolver todo o dinheiro irregular repassado naquele período. O valor é praticamente impagável para um clube da Segunda Divisão, superando meio milhão de reais.

Na época, num conluio entre a diretoria e o então prefeito, houve repasses de recursos públicos para a equipe de base da Esportiva, que na verdade não existia. O dinheiro, então, era desviado para a categoria principal do clube, numa fraude que foi denunciada pelo Ministério Público e provocou uma ação civil pública.

Conhecida como “Bezinha” e chamada de “Segunda Divisão” pela própria FPF, na verdade o campeonato paulista do qual a Esportiva participa é a quarta divisão do futebol profissional.

Na semana passada, uma reportagem do jornalista esportivo Luís Augusto Menon, do UOL, mostra que a competição da “Segundona” neste ano é a mais difícil de todas. O campeonato reúne time que já estiveram no topo do futebol paulista, como Paulista de Jundiaí, Rio Branco de Americana, União São João de Araras, XV de Jaú, Mogi Mirim e América de Rio Preto.

De acordo com o jornalista, o campeonto é considerado “um cemitério de clubes”, uma vez que neste ano haverá rebaixamento.

O problema é que serão 20 clubes rebaixados, sendo que somete dois terão o acesso à série A-3 do “Paulistão”.

E os rebaixados vão disputar uma Quinta Divisão, que ainda não tem formato e nem nome definidos pela FPF.

SANTA CRUZ DO RIO PARDO

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