No final do ano passado, durante entrevista, Joaquim mostrou a escritura do terreno que era de Pelé
Publicado em: 14 de setembro de 2023 às 23:12
Sérgio Fleury Moraes
O ex-jogador de futebol amador Joaquim Pereira da Silva, 80, morreu na terça-feira, 5. Ele fez história nos campeonatos amadores de Santa Cruz do Rio Pardo e se gabava de ter feito quase a mesma quantidade de gols do que o “rei” Pelé, de quem era fã apaixonado apesar de ser corintiano. É que, em sua carreira, ele sempre depositava uma tampinha de garrafa num balde a cada gol marcado. Somou 1.226 no total.
Nascido no bairro rural de Ribeirão dos Cubas, nas imediações do distrito de Caporanga, “Di 9” era primo legítimo dos cantores Zilo e Zalo, que fizeram história na época do “sertanejo raiz” no Brasil.
Joaquim foi construtor civil durante muitos anos. Quando deixou o bairro rural de Santa Cruz do Rio Pardo, “Di 9” passou a namorar Ivone Domigues, que se tornou sua segunda mulher. Ela tinha uma casa em Bauru, mas o jogador não queria deixar Santa Cruz.
O jeito foi vender o imóvel em Bauru e procurar outro na cidade em que nasceu. Pois quis o destino que Joaquim comprasse um terreno no Parque das Nações, cujo proprietário foi ninguém mais do que Edson Arantes do Nascimento, o Pelé. “O negócio era bom, mas quando meu amigo disse que o terreno pertencia a Pelé, não pensei duas vezes. Fechamos a compra”, contou “Di 9” numa entrevista ao jornal em dezembro do ano passado. Outro sinal do destino: a entrevista foi concedida no momento em que os jornais e sites anunciavam a morte do rei do futebol.
Ele contou que ainda ganhou alguns “trocados” após realizar o negócio. É que os amigos duvidavam que Pelé era o antigo dono do terreno e, ao exibir a escritura, ele ganhava a aposta.
Pelé era proprietário do imóvel através de sua empresa “Pelé Comércio Empreendimento e Participações”, conforme consta na escritura. O “rei” foi proprietário de dois imóveis em Santa Cruz, ambos no “Parque das Nações”.
Nos anos 1950, Pelé foi oferecido à Esportiva Santacruzense, mas, durante uma viagem a Bauru, os diretores Paulo Gilberto Machado Ramos e Toninho Yoneda resolveram contratar um jogador mais robusto, pois achavam Pelé um “menino muito mirrado”.
“Di 9” ganhou o apelido porque era praticamente o “dono” da camisa de centroavante quando jogou no Cruzeiro da Santa Aureliana.
Joaquim deixou a mulher Ivone e os filhos Edevaldo, Everaldo e Edson. Ele foi sepultado no Cemitério da Saudade na tarde de terça-feira, 5, em clima de comoção.
* Colaborou Toko Degaspari
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