Presidente do CMEC deixa cargo e reclama da falta de transparência

Sérgio Fleury Moraes

A crise na Associação Comercial e Empresarial de Santa Cruz do Rio Pardo, deflagrada após as revelações de que o presidente Renan Alves tem gastos pessoais bancados pela entidade, provocou a demissão da presidente do “CMEC” — Conselho da Mulher Empreendedora e da Cultura —, um órgão ligado às associações comerciais em todos os municípios. Na semana passada, Gisuelma Rosseto, que presidia o CMEC de Santa Cruz, anunciou sua saída.

A dirigente do conselho é muito respeitada por seu trabalho à frente do CMEC e possui um forte conceito em razão das diversas atividades das mulheres vinculadas à ACE de Santa Cruz.

Ela publicou uma nota nas redes sociais informando que estava deixando a função de presidente do CMEC “com imenso pesar” e, ao mesmo tempo, estava “se desvencilhando” da ACE. Rosseto deixou claro que sua demissão ocorreu por conta da falta de transparência e de esclarecimentos sobre gastos pessoais do presidente bancados pela entidade.

“Em todas as minhas ações profissionais, sempre prezei e prezo por clareza e transparência e, tendo em vista denúncias da imprensa no fim de 2023 e devido até o momento a falta de esclarecimentos detalhados quanto às mesmas — como demonstrativos, notas fiscais com datas, valores, explicação de onde e por que o gasto etc. — não me sinto à vontade em permanecer vinculada ao trabalho com verbas de terceiros que não tenham toda publicidade necessária para evitar dúvidas”, escreveu Gisuelma.

Em seguida, a ex-presidente faz um apelo para que a ACE restabeleça a transparência em sua contabilidade. “Apesar de agora ex-associada, mas como cidadã, desejo que isso melhore, para manutenção cada vez maior da credibilidade desta entidade e o crescimento da mesma, como sempre ocorreu em sua história”, concluiu.

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