Câmera de segurança de uma residência flagrou a execução do suspeitos pelos policiais (no canto direito)
Publicado em: 13 de julho de 2023 às 22:36
Sérgio Fleury Moraes
A juíza Renata Ferreira dos Santos Carvalho, da comarca de Ourinhos, marcou para o final de novembro o júri popular que vai julgar o ex-policial militar Alexandre David Zanete. O despacho saiu na semana passada. Zanete é acusado de executar um homem suspeito durante operação da Polícia Militar de Ourinhos em setembro de 2021.
O ex-policial foi expulso da corporação em maio do ano passado. Ele ficou alguns meses preso no presídio “Romão Gomes”, de São Paulo, que pertence à Polícia Militar do Estado. Agora, ele foi “pronunciado” pelo despacho da juíza, ou seja, a determinação de ser julgado por um Tribunal do Júri. Segundo a magistrada, a denúncia do Ministério Público foi acolhida pelo crime de homicídio qualificado, por motivo torpe e com recurso que dificultou a defesa da vítima.
Alexandre David Zanete era subtenente da Polícia Militar quando o crime aconteceu, no dia 20 de setembro de 2021. Ele estava participando de uma ação de captura de um homem que havia sido condenado pela Justiça do Paraná por homicídio.
Zanete estava na companhia do cabo João Paulo Herrera de Campos, num bairro rural perto da zona urbana de Ourinhos. O homem procurado era Murilo Henrique Junqueira, que estava foragido da Justiça.
Num dado momento, enquanto outros policiais investigavam a área nos arredores, Zanete e João Paulo avistaram o suspeito num matagal. Murilo levanta as mãos e se entrega, sem esboçar qualquer reação. Mesmo assim, foi morto a tiros por Zanete. No primeiro, o suspeito cai ao chão e, em seguida, leva mais dois tiros.
Os dois policiais ainda atiram para o alto, provavelmente para simular um tiroteio. E foi justamente esta a história que os dois narraram ao comando da PM de Ourinhos. Entretanto, eles não contavam que havia uma câmera de monitoramento num imóvel ao lado, que flagrou a movimentação policial e desmentiu todas as alegações.
O subtenente e o cabo foram presos, mas ficaram no presídio somente por algum tempo. Herrera ganhou liberdade em novembro de 2021. Zanete saiu em março de 2022 e responde ao processo em liberdade, com restrições.
O cabo João Paulo Herrera de Campos não foi denunciado por homicídio qualificado. O Ministério Público acusa o ex-policial como responsável por fraude processual e suspeito de alterar a cena do crime.
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