POLÍTICA

Diego nega suposto acordo eleitoral em 2020

Segundo o prefeito, não é verdadeira a versão de Otacílio Parras (PSB) sobre ter sido candidato para um único mandato

Diego nega suposto acordo eleitoral em 2020

Diego: “Eu tenho o direito de tentar oito anos de mandato”

Publicado em: 06 de dezembro de 2023 às 19:07

Sérgio Fleury Moraes

 

Depois de ser duramente atacado por Otacílio Parras (PSB), o prefeito Diego Singolani (PSB) desmentiu as declarações do ex-prefeito de que haveria um “acordo” nas eleições de 2020, segundo o qual haveria troca de candidaturas nas eleições seguintes. Pelo suposto acordo, que Otacílio narrou em entrevista à rádio Difusora, Diego faria apenas um mandato de quatro anos, abrindo espaço para o ex-prefeito na sucessão.

De acordo com a versão do ex-prefeito, o acordo teria sido selado na residência do ex-deputado e atual secretário de Relações Institucionais do governador Tarcísio de Freitas. Otacílio disse que, naquela ocasião, Diego se filiou ao PSD sob o compromisso de, nas eleições de 2024, permitir o retorno do ex-prefeito ao cargo.

Na semana passada, na rádio 104 FM, Diego Singolani contou que esteve recentemente com Gilberto Kassab – que é o presidente nacional do PSD – que recebeu dele um forte incentivo para concorrer à reeleição. Minutos depois, ao ser indagado sobre o suposto “acordo” de 2020, Diego negou categoricamente a sua existência.

“Quando ele me convidou para ser o candidato a prefeito, eu realmente não quis, num primeiro momento, mas ele me incentivou. Depois, fiz duas exigências para concordar. Em primeiro, exigi liberdade para administrar e, em seguida, respeito ao meu nome na saúde, que construí ao longo de minha vida. Naquele instante, ele me disse que não sabia se seria novamente candidato um dia, em razão de saúde ou de eventuais problemas”, contou Diego.

“Eu nunca fui traidor e jamais seria. As pessoas me conhecem”, afirmou o prefeito. Em seguida, ele confirmou que o rompimento com Otacílio aconteceu quando demitiu o então secretário de Agricultura, o vereador Milton de Lima (PL), em meio a um escândalo de uso de máquinas públicas para fins particulares.

Na versão de Otacílio, ele teria ido ao gabinete de Diego para informá-lo de que não seria mais candidato a nada, devido a uma condenação judicial por improbidade administrativa. Na antessala, encontrou-se com Milton de Lima, cuja demissão já estava sendo especulado pela imprensa. Segundo o ex-prefeito, Diego usou palavras ríspidas contra ele e “Mirtão”, provocando um mal-estar. “Saí dali mais candidato do que nunca”, contou Otacílio há alguns meses ao jornal.

Segundo Diego Singolani, não houve qualquer discussão e havia testemunhas no local. “Ele chegou junto com o secretário. O que eu disse, inclusive rindo, dirigindo-se ao Milton, é que ex-prefeito não iria defender ninguém, pois se ele errou iria ser exonerado. Eu até disse ao ex-prefeito que tinha aprendido com ele a trabalhar daquela forma”, declarou.

“Em seguida, eu entrei no gabinete para cumprir minha agenda, pois iria receber um casal que estava aguardando. Na verdade, quando eu passo pelo corredor, cumprimento a todos rapidamente, pois preciso dar sequência à agenda. Mas naquele momento eu percebi que ele estava interferindo na minha administração”, disse. “Mesmo assim, com o distanciamento já em curso, eu permaneci em silêncio”.

Diego disse que a nomeação de Milton de Lima para a secretaria de Agricultura foi feita por Otacílio, que conversou com o vereador, antes da posse do novo governo, no posto Beira Rio. “Eu nem sabia disso”, afirmou, lembrando que a comunicação foi feita posteriormente por Otacílio. “Isto mostra o tamanho do respeito que eu tive pelo ex-prefeito, até o dia da exoneração do Milton”.

Outro episódio marcante, segundo Diego, foi o discurso de Otacílio na Câmara Municipal em setembro do ano passado. A pretexto de defender a aprovação de suas contas, o ex-prefeito usou a tribuna do Legislativo para atacar Diego. Na ocasião, Otacílio cobrou de Diego o pagamento do piso salarial da enfermagem, que naquele momento estava suspenso em todo o País por determinação do STF. O ex-prefeito não levou isto em consideração: “A prefeitura tem dinheiro”.

Diego disse que as declarações foram imperdoáveis. “Ali ele desrespeitou meu nome na saúde, feriu meu coração e minha alma. Afinal, era pura politicagem porque não havia dinheiro para o pagamento do piso em qualquer cidade do Brasil. É por isso que o STF suspendeu o piso naquele momento”, disse. “Nós estávamos saindo de uma pandemia e os profissionais da saúde foram aqueles que mais sofreram”, afirmou, sugerindo que Otacílio quis colocar estes funcionários contra a administração.

Posteriormente, após o STF julgar o caso e determinar que o Ministério da Saúde repassasse recursos aos municípios, o governo de Santa Cruz pagou o piso salarial.

Diego disse que todos estes episódios o fizeram refletir sobre Otacílio. “Hoje, não tenho mais admiração pela pessoa dele. Porém, respeito sempre terei”, afirmou.

O prefeito também confirmou um encontro com Otacílio no início deste ano, quando discutiram pela última vez a possibilidade de um acordo político. Segundo Otacílio, Diego propôs uma administração com dois prefeitos, o que ele não teria aceitado.

Segundo Diego, o que ele disse foi “união de forças” e não divisão do governo. “Se ele disse que a reunião foi gravada, que publique, pois foi uma conversa muito sólida”, disse. Diego disse que o diálogo transcorria bem e que ele realmente admitiu que poderia ser o provável vice de Otacílio. “O que eu falei foi sobre o ex-prefeito gostar muito de obras. Eu, por outro lado, tenho um talento para as políticas sociais e saúde. Então, eu disse que nós poderíamos unir estas forças”, contou. Diego disse que em nenhum momento falou sobre dividir o governo. “Foi aí que ele deu um passo para trás e imaginou que eu estava querendo impor dois prefeitos”, disse.

O prefeito revelou que, a partir do rompimento, decidiu disputar a reeleição. “Foi aí que nasceu o prefeito Diego, com sua luz própria e seu jeito de fazer. Eu sou assim, abraço as pessoas, desde a dona Maria ou o governador Tarcísio, sem diferenciar as pessoas. É o prefeito que já trouxe R$ 60 milhões para o município, mas saiba que do meu grupo não vai sair nenhum discurso de ódio”, afirmou.

SANTA CRUZ DO RIO PARDO

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