A vereadora Roberta Stopa (PT) está livre do processo de cassação, que foi arquivado por perda de prazo
Publicado em: 27 de dezembro de 2023 às 17:30
Atualizado em: 27 de dezembro de 2023 às 18:00
Sérgio Fleury Moraes
“Roberta ficou!” A frase publicada pela vereadora Roberta Stopa (PT – Coletivo Enfrente) nas redes sociais, não esconde o alívio da parlamentar. Desde setembro, ela estava ameaçada de ter o mandato cassado por um pedido do sindicalista André Paladino, funcionário comissionado do governo de Lucas Pocay (PSD) e presidente do Solidariedade. Em tempo recorde, a Câmara abriu um processo de cassação do mandato. Nesta semana, a Comissão de Ética arquivou o procedimento.
O motivo é que a comissão não conseguiu levar adiante o processo de cassação, que deveria impreterivelmente ser encerrado em 90 dias, sem possibilidade de prorrogação. Das nove testemunhas arroladas pela vereadora Roberta Stopa, a comissão só conseguiu ouvir uma delas. Também não se sabe se as testemunhas de acusação foram ouvidas.
Uma das versões para o fim dos trabalhos é que a enorme repercussão do caso fez a própria Comissão de Ética retardar os trabalhos para “forçar” o arquivamento. Apesar do pedido de cassação ter sido apresentado pelo presidente do Solidariedade, o vice do diretório, Valmir Antunes, enviou ofício à Câmara pedindo a absolvição da vereadora.
Além disso, os deputados Vicentinho, Eduardo Suplicy, Márcia Lia, Emídio de Souza, Juliana Cardoso e outros gravam vídeos em apoio a Roberta Stopa. Em Ourinhos, um abaixo-assinado contra a cassação da vereadora recebeu milhares de assinaturas.
A Comissão de Ética é presidida pelo vereador Anísio Felicetti (PP), tendo Gil Carvalho (PL) como relator e Márcio José Domingos (União Brasil), como membro.
O motivo para o pedido de cassação de Roberta Stopa também foi muito questionado. Ela foi acusada de quebra de decoro parlamentar por uma postagem nas redes sociais. Entretanto, o que Roberta fez foi compartilhar opinião de moradores de Ourinhos inconformados com o fato de a Câmara ter rejeitado um projeto da vereadora que autorizava a presença de “doulas” – profissional que oferece apoio à mulher grávida – nas maternidades do município.
O compartilhamento foi feito nos “stories” das redes sociais da vereadora. Uma moradora criticou a Câmara usando termos como “machista”, “sexista”, “misógina” e “preconceituosa”. Por conta disso, Roberta Stopa foi denunciada num processo de cassação, mesmo não tendo sido a autora das postagens.
Agora livre da possibilidade de cassação, Roberta admite que passou por momentos difíceis imaginando o pior, principalmente pelo fato de a Câmara ter esmagadora maioria governista. A vereadora disse que já estava estudando uma medida judicial para evitar a cassação. “O processo tinha várias falhas e irregularidades e eu já estava analisando o caso com meu advogado”, afirmou.
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