SOCIEDADE

Agora dentro da lei, Centro Social convoca assembleia para criar empresa da chocolataria

Assembleia Geral Extraordinária será realizada nesta segunda-feira, às 19h, e uma prestação de contas também está na pauta

Agora dentro da lei, Centro Social convoca assembleia para criar empresa da chocolataria

Fachada da Chocolataria Frei Chico, que estava em nome de uma empresa particular desde 2021

Publicado em: 27 de setembro de 2023 às 18:52
Atualizado em: 27 de setembro de 2023 às 18:57

Sérgio Fleury Moraes

 

Em mais uma “confissão” explícita de que a transferência da “Chocolataria Frei Chico” para uma empresa particular no nome da mulher do presidente foi totalmente irregular, o Centro Social São José convocou para esta segunda-feira, 25, às 19h, uma assembleia geral extraordinária para discutir a alteração do estatuto e propor o registro de uma “pessoa jurídica” (empresa) para a fábrica de chocolates. Na pauta, também consta uma “prestação de contas”, mas não há informações de como ela será feita — ou se por ventura será pública.

A convocação foi feita pelo presidente do Centro Social, Élcio Belei, depois que o jornal denunciou, no início do mês, que a chocolataria tinha sido registrada, desde abril de 2021, em nome de Suzete Gazola Belei, mulher do presidente e que não integra a diretoria da entidade.

Ao contrário de quando houve a transferência, desta vez o presidente está tomando todos os cuidados legais para a criação da nova empresa. A primeira foi a convocação da assembleia extraordinária e a publicação na edição do “Semanário Oficial” do último final de semana.

 

 

A segunda certamente será a transcrição da reunião numa ata, uma vez que Élcio admitiu publicamente que não houve assembleia e nem ata oficial quando a chocolataria foi transferida para o nome de sua mulher, em 2021. Ele disse que “ninguém quis” assumir a empresa e, por isso, registrou em nome da mulher.

Há cerca de dez dias, em entrevista à rádio Difusora, o presidente disse que “errou” e que a empresa em nome da mulher era irregular e seria fechada. Segundo ele, todo o dinheiro arrecadado será “apurado pelo Ministério Público e depositado em nome do Centro Social”.

A irregularidade perdurou por mais de dois anos e não se tem notícia sobre prestação de contas da venda de chocolate da instituição. Segundo Élcio, a medida foi tomada para que a venda de chocolates para a prefeitura pudesse ter a emissão de nota fiscal.

Entretanto, o próprio advogado do Centro Social, Elton Franciscon, disse que é possível constituir uma empresa controlada pelo próprio Centro Social, desde que os lucros não sejam remetidos aos membros da diretoria.

Quando o jornal publicou a primeira reportagem sobre o caso, Élcio Belei disse que entrou em contato telefônico com o promotor Marcelo Saliba. Este, por sua vez, determinou à entidade que apresentasse explicações.

O Centro Social, a Casa de Apoio à Criança e ao Adolescente e a Chocolataria Frei Chico foram fundadas pelo saudoso frei Francisco Pessuto nos anos 1980 e 1990. O religoso que morreu em 2004 se destacou em Santa Cruz por sua luta em favor das crianças menos favorecidas e em situação de vulnerabilidade social.

A instituição, aliás, tinha planos de registrar a patente da marca “Frei Chico”, como são batizados os produtos da chocolataria.

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