SOCIEDADE

Leonildo Vidal, ex-prefeito de Chavantes, morre aos 81 anos

Defensor do Meio Ambiente, será lembrado como ótimo gestor

Leonildo Vidal, ex-prefeito de Chavantes, morre aos 81 anos

Leonildo em 1983, reinaugurando a ponte pênsil recuperada

Publicado em: 01 de maio de 2021 às 01:37

Sérgio Fleury Moraes

O ex-prefeito Leonildo Vidal, de Chavantes, morreu na manhã de sexta-feira, 30, quando sofreu um AVC e não resistiu. Ele tinha 81 anos e governou o município entre 1983 e 1988. Leonildo foi considerado um dos grandes prefeitos da cidade e conseguiu, num único mandato, o tombamento e a recuperação da ponte pênsil, casas populares, ginásio de esportes, implantou o museu e ainda foi um dos grandes defensores do Meio Ambiente.

Leonildo nasceu em Ibaté/SP e chegou a Chavantes nos anos 1970 como bancário, depois de uma rápida passagem por Avaré. Ele também foi corretor de seguros e no início dos anos 1980 aceitou entrar na política pelo PMDB, na época o partido que sairia fortalecido das urnas em todo o Brasil após o retorno das eleições diretas para governador do Estado.

Idealista, Leonildo acreditou nas propostas do candidato do partido a governador, Franco Montoro, de quem se tornou amigo. Lançou-se candidato a prefeito em 1982 e conseguiu uma vitória esmagadora sobre dois tradicionais adversários – Wanor Torres e Francisco Alves de Faria. O novo prefeito teve mais votos do que os outros dois juntos.

Assumiu o mandato em 1983 com uma tragédia em Chavantes: a histórica ponte pênsil “Alves de Lima” foi totalmente destruída pela maior enchente de todos os tempos. Leonildo não se abateu e procurou o governador Franco Montoro.

O governo estadual bancou toda a recuperação da ponte, que foi reinaugurada em 1985, o mesmo ano de seu tombamento histórico pelo Condephaat por determinação de Franco Montoro. Para a solenidade de reabertura da ponte, o governador enviou a Chavantes várias autoridades e o então secretário estadual da Cultura, Jorge Cunha Lima. De quebra, o governo do Estado também reformou o histórico Teatro São José, localizado no distrito de Irapé.

Defensor do Meio Ambiente, Vidal reestruturou o bosque municipal e um lago próximo do rio Paranapanema. Além disso, arborizou a área urbana. ”Se fosse necessário cortar uma árvore, ele exigia imediatamente que uma nova fosse plantada. Na gestão dele, Chavantes ficou conhecida como Capital do Verde”, contou o ex-servidor público Elizeu Batista Thomé, amigo do ex-prefeito.

No entanto, Leonildo Vidal também se preocupava com a memória de Chavantes. Junto com o secretário de Cultura Francisco José da Silva, o então prefeito iniciou o resgate da história do município, coletando objetos e informações e criando o “Centro de Valorização da Memória de Chavantes” – hoje o museu municipal.

Vidal construiu creches e postos de saúde na cidade e dos distritos de Irapé e Canitar. Negociou com a família Quagliato a doação de uma área onde foram construídas 500 casas populares. Uma das vilas foi batizada de “Orlando Quagliato”. Além disso, firmou com convênio com a CDHU para a construção de 58 moradias destinadas aos funcionários públicos.

Na área esportiva, Leonildo Vidal construiu o ginásio de esportes e criou uma liga amadora que, durante muitos anos, levou alegria e esporte a vários bairros da cidade. O próprio prefeito costumava comparecer a estes eventos. Vidal também apoiou a fanfarra municipal e contratou o maestro João Carlos Belinello que, por sua vez, conquistou vários títulos no Estado. Foi ele quem comprou os primeiros ônibus para o transporte de estudantes.

Preocupado com as entidades assistenciais, Vidal criou uma festa junina comunitária para angariar recursos, com barracas beneficentes e até um parque de diversões. Espírita, ele criou no Centro Espírita de Chavantes um projeto para auxiliar as mães carentes. “Ele lia muito e estava sendo muito atualizado. Era muito culto e vivia na biblioteca municipal”, conta a servidora Helena Cadamuro.

Leonildo Vidal deixou a prefeitura de Chavantes com um dos maiores índices de aprovação da história. Em 1996, aceitou o convite para retornar à política como vice de Genésio Betiol Júnior. A dupla venceu e Vidal se tornou o chefe de gabinete da administração. Em dezembro de 2000, deixou definitivamente a vida pública.

O ex-prefeito foi sepultado sob forte comoção. Ele deixou a viúva Anunciata da Conceição Vidal e os filhos André Luiz, João, Ana Lúcia, Maria Tereza e Márcia. 

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